A anestesia é um procedimento temido por grande parte das pessoas, mas é importante saber que, além de evitar a dor e o sofrimento durante uma cirurgia médica, ela ajuda também a garantir o bem-estar, relaxamento e conforto do paciente.
Para ressaltar a importância dessa técnica, estiveram no Bem Estar desta sexta-feira (23) o presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologista Airton Bagatin e o ginecologista José Bento. Eles explicaram que, antes de existir a anestesia, até meados do século 19, as pessoas sentiam todas as dores da operação e, por isso, o cirurgião era obrigado a trabalhar rápido, para diminuir o sofrimento.
Com o surgimento da anestesia, esse sofrimento desapareceu, o que mostra a relevância do procedimento para diminuir o incômodo do paciente e fazer com que ele durma e fique confortável e relaxado.
E não só para o paciente, mas a sensação de bem-estar e segurança também chega ao cirurgião, que consegue fazer seu trabalho com mais calma, segurança e eficiência.
No entanto, como muitas pessoas ainda ficam receosas em relação à anestesia, há uma resolução do Conselho Federal de Medicina que garante que o paciente tenha o direito a uma consulta com o anestesista antes da cirurgia – segundo os médicos, não é indicado que esse contato ocorra apenas horas antes da operação.
Nessa consulta, o paciente deve ser sincero e informar ao anestesista sobre problemas de saúde, uso de álcool ou drogas e possíveis reações a anestesias anteriores. Depois dessa consulta, será orientada o melhor tipo de anestesia, que depende muito da cirurgia.
As anestesias que tiram a sensibilidade apenas de algumas regiões do corpo são a raqui e peridural; a que age em um lugar menor, como um dente ou unha, é a local; já a anestesia geral reduz toda a atividade do corpo, exigindo inclusive que o paciente seja entubado para receber a quantidade suficiente de oxigênio.
No entanto, existe ainda a sedação, que apenas deixa o paciente relaxado, como no caso de uma endoscopia, como mostrou a reportagem da Marina Araújo (veja no vídeo).
Segundo o ginecologista José Bento, no caso da anestesia raquidiana, geralmente utilizada nas cesarianas, é dada uma injeção que ultrapassa as camas que protegem a coluna vertebral e penetra na última antes da medula.
Em alguns pacientes, nessas situações, pode vazar um pouco do líquido que envolve o cérebro e, por causa dessa diminuição desse líquido, pode ocorrer dor. No entanto, depois que o buraco da injeção fecha, essa dor passa.
Antes da cirurgia, inclusive, é extremamente importante que o paciente cumpra o jejum de, no mínimo, 6 horas.
Essa recomendação é feita porque, com os músculos relaxados, o paciente perde a capacidade de tossir e expulsar os alimentos que podem entrar nas vias respiratórias e, se ele tiver ingerido algum alimento, há o risco de esse alimento ir parar nessas vias e depois nos pulmões, causando uma pneumonia difícil de tratar.
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Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/08/entenda-como-funciona-anestesia-e-quais-seus-riscos-e-beneficios.html